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A travessia Lapinha – Tabuleiro segue pela Serra do Espinhaço da borda oeste até a leste, com altitudes que variam entre 900m a 1300m entre montanhas e planícies, cruzando rios de águas limpas, campos rupestres e matas de cerrado. Ao fazermos com os estudantes do Colégio Renascence essa travessia, além de um passeio belíssimo, tivemos a experiência de uma aula interdisciplinar, em campo, que possibilitou a observação de fatores responsáveis por expressivas mudanças paisagísticas como, por exemplo, a transição entre os biomas Cerrado e Mata Atlântica, assim como de aspectos da hidrografia e geomorfologia serrana. A região, considerada uma reserva mundial da biosfera pela UNESCO, possui riquezas naturais extraordinárias, onde muitas das espécies são endêmicas e estão ameaçadas de extinção.
No caminho, tivemos a oportunidade de observar três conjuntos de vegetação: mata de galeria, campo cerrado e campo rupestre, além de uma diversidade enorme de espécies vegetais (estão catalogadas mais de 1.600 espécies) e animais. Para além dessas observações, pensar sobre algumas questões relativas à criação de áreas de proteção ambiental e modo de vida rural. Saímos do Colégio no dia 07 de setembro com destino a Lapinha da Serra, onde pernoitamos. Na manhã seguinte partimos para uma caminhada (a pé) de aproximadamente 8h até a fazenda do Sr. Zé da Olinta e D. Maria (onde só é possível chegar a pé ou a cavalo). Neste local ficamos acampados até a manhã seguinte, quando prosseguimos até Tabuleiro, nosso destino final. Para esta longa caminhada de dois dias foram contratadas mulas de carga que transportaram as bagagens. Cada caminhante levou consigo apenas alimento e água. Foram dois dias inesquecíveis na vida de todos nós. Sem dúvida, para esses jovens, uma aula mágica; experiência extraordinária, única, pelas trilhas desse paraíso chamado Minas Gerais.

travessia Lapinha – Tabuleiro

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