
Larissa Gazzi Martins Alves Oliveira é estudante do Colégio Renascence desde 2011 quando ingressou no 1º ano como bolsista (bolsa integral) por meio de concurso anual realizado pela instituição, o PROVÃO RENASCENCE, que contempla exclusivamente estudantes oriundos da rede pública de ensino com descontos que variam de 100 a 30%, tendo a estudante, naquele ano, obtido 1º lugar nesse concurso. Para manter seu direito à bolsa integral em cada ano subsequente, a(o) estudante contemplado precisa ter aproveitamento igual ou superior a 70% em todas as disciplinas e em todas as etapas, o que Larissa conseguiu nos dois anos seguintes com louvor, mantendo uma média superior a 80% em todo o seu processo escolar de ensino médio até a presente data.
Ainda cursando o 2º ano, Larissa fez o enem 2013 e, além de uma aprovação na UFRRJ em

de assumir sua vaga sob alegação da coordenação do Programa Universidade para Todos (Pro Uni) de que não teria integralizado seus estudos no ensino médio (carga horária incompleta) com agravante de ser menor (17 anos), fator decisivo que a impediria de conseguir essa integralização por qualquer outra via diferente do ensino médio regular.
Larissa obteve vaga no curso de Medicina por mérito pessoal de aproveitamento, por capacidade (leia artigo 208 da Constituição e artigo XXVI, da Declaração Universal dos Direitos Humanos), o curso mais concorrido do Brasil em qualquer universidade, seja pública ou privada, e foi desclassificada em sua fase final (entrevista), por falta de documentação (Histórico escolar) que seu colégio de origem, o Colégio Renascence, foi impedido de expedir pelas vias da legalidade, que são as únicas que uma instituição de ensino séria pode percorrer, dadas as suas prerrogativas morais e éticas.
O que chamamos a atenção aqui é para o contrassenso da situação: um país com tantos problemas a vencer na educação, cuja classificação no ranking da Unesco está na faixa do octogésimo lugar, atrás mesmo de países como equador e Bolívia; que hoje importa médicos de Cuba por falta de profissionais brasileiros que atuem em áreas isoladas do país com necessidades extremas de serviços de saúde, com uma legislação tão inflexível ao ponto de negligenciar (desprezar mesmo) um caso especial como o desta jovem! Uma menina extremamente capaz, sem recursos para pagar um curso cujo custo mínimo está na faixa de 5 salários mínimos por mês na rede privada, e que esgotando todas as possibilidades legais foi categoricamente impedida de ingressar no curso de seus sonhos. Segundo o advogado Daniel Dirino, amigo da família que prestou assessoria ao caso “uma liminar de juiz não sairia a tempo para a matrícula, e o Pro Uni recusou-se a aguardar tal procedimento”.
Se por um ato de insensibilidade desconsiderássemos o sofrimento desta jovem naquele momento, a frustração da família, o pesar dos colegas, amigos e profissionais do Colégio Renascence que acompanharam de perto sua luta por uma boa formação, no mínimo chegaríamos a uma constatação óbvia de que estamos perdendo oportunidades, estamos deixando escapar pelas vias perversas da burocracia, o futuro: jovens inteligentes, capazes, prontos para engrossar as fileiras das pesquisas acadêmicas nas universidades e contribuir para o desenvolvimento científico e social do país.
Nós, do Colégio Renascence, somos testemunhas do quanto a estudante mereceu aquela vaga e se empenhou para conquistá-la, e podemos assegurar-lhes de que Larissa, com seus 17 anos e seu 3º ano incompleto já estava pronta para a MEDICINA, como assim o provou, por mérito. Mas ela não desistiu.
Larissa hoje é estudante do 2º período de MEDICINA na cidade de Paracatu – MG, com bolsa integral do Pro Uni. É daquelas que se enquadram perfeitamente no perfil desses jovens brilhantes que têm pela frente a nobre missão de transformar o mundo com a força de sua personalidade e capacidade. Ela é um grande orgulho para todos nós: é a certeza de que podemos transformar sonhos em realidade.
Mércia Marisa
DIRETORA DO COLÉGIO RENASCENCE